Março/2015 A comunhão aprofunda as raízes

08/03/2015 11:21


                                                               Mensagem às Células

 

Comunhão - a força da Igreja Foto: Felipe Castro

1ª semana – Preserve a comunhão com Deus.  (João 17.21-26) Passamos muito tempo na igreja ouvindo histórias de pessoas que tiveram ou têm experiências sobrenaturais com Deus. Ficamos maravilhados com relatos bíblicos dos homens a quem Deus se revelava e falava face a face. Porém, não podemos esquecer de que a comunhão com o Pai foi estendida à humanidade, por meio da redenção. Jesus valorizou a amizade com você. Rogou ao Pai que fôssemos um com Ele. Deu-nos a Sua glória. Para que o mundo creia que Deus enviou Jesus, devemos estar em comunhão com Ele. Quem anda junto fica parecido. Usa as mesmas expressões, gosta das mesmas coisas e lutas pelos mesmos ideais. A tarefa de nos desapegarmos das características do mundo para sermos mais espirituais é árdua. Demoramos a ficar parecidos com Jesus e a desenvolver o caráter d’Ele em nós e, por isso, devemos preservar em nós, a cada dia, a comunhão com Deus.

Algumas dicas para preservar a comunhão com Deus: Ore mais. Leia mais a Bíblia. Jejue.  Frequente a igreja e a célula. Escute louvores e pregações. Leia livros cristãos. Pratique o devocional. Alimente o espírito. Fuja do pecado. Ame!

 

2ª semana – Estabeleça comunhão com o Espírito Santo (At 8.29) Conhecer a voz do Espírito é essencial para termos discernimento.  Discernimento é a habilidade para compreender algo com sensatez e clareza. Na caminhada com Deus e na liderança cristã é necessário termos discernimento, principalmente, quanto às investidas de Satanás contra nossa conversão e ministério. Quando temos comunhão com o Espírito Santo, somos zelosos no trato com o irmão, no julgamento alheio, contras as paixões carnais, no respeito mútuo, na submissão a Deus e às autoridades. A comunhão com o Espírito Santo nos leva a glorificar o Nome de Jesus com as nossas próprias vidas. Cada atitude é medida para que não entristeçamos o Espírito (Ef 4.30). Neste nível de amizade, somos advertidos no dia a dia e, tornamo-nos capazes de discernir ciladas, impedidos de tomar decisões errôneas e de criar vínculos destrutivos. Às vezes conhecemos todas as vozes da igreja, damos ouvido a todo o tipo de opinião, mas não somos capazes de conhecer a voz do Espírito Santo.

 

3ª semana – Comunhão, a força da igreja primitiva e o nosso modelo (At 2.42-47; 1 Co 12.12) Nosso modelo de igreja está no livro de Atos. Nenhum livro de liderança cristã substitui as riquezas encontradas nos relatos de Lucas. Mudança de vida, milagres, perseguições, serviço, adoração, ensino, evangelismo e comunhão são explicitados nos 28 capítulos do livro. O livro de Atos é a igreja em ação. Nele, aprendemos com os primeiros cristãos que viver em unidade é essencial para conhecermos a Deus. Os apóstolos dividiam tudo, e muitas vezes, esse tudo era muito pouco. Quando a Bíblia relata que tudo lhes era comum, entendemos que o ideal de pregar o Evangelho a toda a criatura até os confins da terra, tornavam as demais coisas comuns. Como igreja, temos os mesmos objetivos: ganhar 10% de Santa Maria, multiplicar as células e ver o Reino de Deus ser estabelecido na cidade por meio do nosso trabalho. Estes objetivos comuns nos levam a viver em comunhão e sermos fortes. Andar sozinho na igreja é uma péssima atitude e nos leva a enfraquecer. Sem comunhão não alcançaremos nossos objetivos e logo, desistiremos até mesmo da fé. A unidade é o fortificante da igreja. Fortaleça os vínculos. Perdoe. Exercite a comunhão e, no que depender de vos, tendes paz com todos.

 

4ª semana – Pratique a comunhão em família (Ef 5.21-31 e Ef 6.1-4) Nenhum relacionamento na igreja deve ser tão importante quanto o vínculo familiar. Pais, irmãos, cônjuges e filhos devem saber que são prioridade nas nossas rotinas. Às vezes temos tempo para tudo e para todos, mas não podemos parar para conversar com o cônjuge ou visitar os pais. Falar de comunhão em família remete a um passeio, uma tarde de entretenimento ou uma viagem. Mas há algo mais excelente que dever ser colocado em prática: a família unida para buscar, conhecer e servir a Deus. Uma das colheitas mais prósperas que um líder pode ter é ver todos os membros de sua casa servirem ao Senhor. Servir a Deus em família não tem preço! Traga seus filhos para a igreja. Não passe a eles a mensagem de que “vamos à igreja se der...” Se você deixar sempre os filhos em casa, eles nunca verão o culto como a ‘comunhão dos santos’ e sim como uma simples reunião que pode ser dispensada. Em casa, busque ao Senhor em família, discorram sobre a Palavra de Deus, façam perguntas bíblicas, escutem e cantem louvores. Nossos lares devem ser um ambiente de louvor e adoração, onde todos, no mesmo espírito, desfrutam de comunhão. Jamais use suas atividades na igreja como pretexto para não atender as necessidades de sua casa, pois não há como ter comunhão com Deus se não estiver em paz com a família. 

 

5ª semana – Preserve a comunhão com a comunidade que você congrega (Fp 2.1-14) Não somos igreja apenas dentro do Templo. Somos igreja, quando saímos dos cultos e vamos para casa. Somos igreja no trabalho secular, na escola, na faculdade, na vizinhança. Somos morada contínua do Espírito Santo (1 Co 6.19), onde quer que estejamos. Da mesma forma, não somos igreja sozinhos. Somos membros de um só corpo, os quais não funcionam de forma isolada. Assim, nossas ações afetam outros membros do corpo. Jesus se preocupou em ensinar isso para os discípulos e o apóstolo Paulo frisou a importância da comunhão na implantação da Igreja: “Tenham o mesmo modo de pensar; cuidado com o egoísmo e com a vaidade; copiem o exemplo de Jesus que se esvaziou, não façam nada com contendas; esvaziem-se; tenham o próximo como superior a si mesmo...” Se o corpo de Cristo atentar para esses fundamentos, não será difícil viver em comunhão. O inimigo conhece nossas limitações e fraquezas e, por isso, vive a promover dissenções entre os irmãos. Ele sempre vai lutar para que os vínculos se desintegrem e que raízes de amargura e ressentimento sejam espalhadas pela igreja. Também, sabemos o quanto somos difíceis de lidar. Viemos para a casa de Deus com hábitos, cultura e gostos diferentes, e desta forma, devemos conviver com os outros, tão diferentes de nós. Achar essa harmonia nunca foi fácil, mas é possível. Isto nos diferencia do mundo: aceitar as diferenças, amar o próximo (inclusive o mais difícil pra você), perdoar, conviver, cooperar com os projetos dos irmãos e, como Jesus nos pediu, sermos um, como Ele é um com o Pai. A partir de hoje, evite contendas, promova a comunhão, coopere com as iniciativas de sua igreja, contribua na casa do Senhor, semeie no Reino em oração, cuide de pessoas e ame mais. O amor é o grande mandamento e a chave para a comunhão.